quem somos

crónicas do habitar é um escritório de arquitetura com base em Vila de Cucujães.

acredita numa arquitetura de proximidade com as pessoas, que procura representar a história de cada momento do habitar, de forma bonita e útil com simplicidade e criatividade, altamente comprometida com as necessidades e desejos de quem habita o espaço da cidade seja em casa, na rua ou no bairro. É com esta convicção que se propõe criar uma equipa multidisciplinar, motivada e apaixonada, concentrada em encontrar respostas claras e inovadoras para cada desafio proposto, implantando uma estratégia de investimento idónea e adequada a cada realidade, procurando aproximar a arquitetura da sociedade.
felisberto rodrigues
felisberto rodrigues
Desde pequeno que queria ser arquiteto – queria desenhar casas – dizia eu. Não sei exatamente desde quando, nem o porquê, mas acredito que ter uma família ligada a construção civil tenha influenciado.
O sonho de criança tornou-se realidade e hoje sou arquiteto, no entanto, acredito que o arquiteto que hoje sou vai para além da minha formação académica, é o reflexo das minhas experiências e vivências durante o meu crescimento. Vivi uma infância em liberdade – como um Tom Sawyer – em constantes aventuras, invenções e construções – brinquedos, baloiços nas árvores, cabanas na mata – que estimularam a minha criatividade e o gosto por pôr as mãos á obra.
Este lado prático e criativo refletiu-se no meu percurso escolar através de escolhas disciplinares práticas e artísticas que culminaram com a formação no curso de arquitetura.
Oficialmente arquiteto no ano de 2012, estagiei na Oficina d’arquitetura onde continuei a colaborar. Em 2014 colaborei com o arquiteto Miguel Veríssimo.
Entretanto sem trabalho e, ao mesmo tempo desidentificado com o modo como a arquitetura se tem apresentado á sociedade – desfasada da realidade social e económica, com um caracter egocêntrico – propus-me procurar um sentido para o que tinha aprendido na escola.
Uma arquitetura ao serviço das pessoas, que procura ir ao encontro das suas aspirações e comprometida com um investimento á medida – aspirando que a arquitetura chegue a todos – é o caminho escolhido ao qual chamei de Crónicas do Habitar.

o que fazemos

habitação, reabilitação, interiores, objetos e mobiliário são algumas das áreas de trabalho desenvolvido. gostamos de desafios independentemente do programa, escala ou orçamento.

paralelamente são desenvolvidos trabalhos complementares á arquitetura como visualização 3d, projetos de execução, cadernos de encargos, assistência técnica e coordenação da obra, legalizações, etc. 

estamos abertos à colaboração com escritórios de arquitetura, engenharia, imobiliárias para quaisquer solicitações.

entre em contacto

esta página é uma breve apresentação, se não encontrou o que procura não hesite em entrar em contacto. seja para pedir mais informações, desafiar para um novo projeto ou até apresentações.

tlm:. 916213202
email:. cdh@cronicasdohabitar.pt

fala comnosco

são martinho da gândara


construção | habitação unifamiliar | São Martinho da Gândara, Oliveira de Azeméis | 2019 | a desenvolver

ul


construção | habitação unifamiliar | Ul, Oliveira de Azeméis | 2019 | a desenvolver

chapeleiros

Partindo do limite máximo de construção e com a premissa de utilizar a construção preexistente, a casa constrói-se pela união de dois volumes.
O primeiro volume é a manutenção parcial e prolongamento da construção existente, rematando o perfil irregular do limite do terreno na confrontação com o vizinho, e ao mesmo tempo mantendo o alinhamento preexistente com a rua. O segundo, mais afastado da rua e com a forma de “L” imposta pela forma singular do terreno, privilegiando a privacidade e a orientação solar. 
No seu conjunto organizam espaços exteriores distintos. Um primeiro pátio, mais publico é o que acolhe quem chega, e outros dois espaços exteriores mais privados relacionado com a sala de jantar e de estar.
construção | habitação unifamiliar | Vila de Cucujães, Oliveira de Azeméis | 2018 | estudo prévio 
arquitetura e imagens 3d : felisberto rodrigues  

renovação sjm

A casa pré-existente é construção tradicional, geminada com a planta em L. Com o objetivo de aumentar área, é acrescentado um volume que lhe completa polígono retangular. A sua imagem formal continua a silhueta da casa preexistente, mantendo a imagens tradicional de casa embora de forma contemporânea. 
O interior é reorganizado. Mantem-se a localização dos quartos e é criada uma nova casa de banho.
A cozinha é contigua á sala de jantar e de estar, estando virados para o jardim ligados por uma grande janela.
No exterior é ajustado o terreno á cota do piso para acabar com os desníveis na vivencia da casa, e aumentando o distanciamento visuais com a rua. No fundo do jardim são demolidas as construções existente, e ciado um espaço onde poderá ser instalado um arruma, uma churrasqueira e um alpendre de apoio ao jardim.
renovação | habitação unifamiliar |  são joão da madeira | 2018 | estudo prévio 
arquitetura e imagens 3d : felisberto rodrigues  

esmoriz

a limitação espacial do lote, a necessidade de privacidade perante a proximidade das construções vizinhas e a orientação solar são os pontos fundamentais para o conceito da casa.
Com este sentido, a habitação é dividida em 3 pisos, cada um com características distintas associadas á sua utilização.
O piso do rés-do-chão é o piso social, e embora de menor área é o mais amplo, “aberto” para o jardim e piscina por vãos de grandes dimensões.
O piso 1, privado, é um volume mais “fechado” aos olhares exteriores. Os alçados Oeste, Este e Sul são marcados por a abertura de um pátio para o qual os quartos de abrem fazendo o controlo solar e visual. De base maior, faz o necessário sombreamento ao piso inferior.
O piso -1, enterrado tem a função de garagem e arrumo.
A cobertura é acessível, funcionando como solário.
Embora com a volumetria máxima permitida, procura ter uma escala equilibrada, que respeite e integre na envolvente urbana.
construção | habitação unifamiliar |  esmoriz | 2018 | estudo conceptual 
arquitetura e fotografia : felisberto rodrigues  

lobão

O conceito da casa teve como princípio a criação de um jardim central em torno do qual se organizam os espaços interiores, conferindo-lhes privacidade ao mesmo tempo que potencia a exposição solar. o piso inferior surge como base de suporte aproveitando a desnível natural do terreno.
Embora morfologicamente diferente das construções vizinhas, a moradia tem uma escala equilibrada, que respeita a envolvente urbana e procura a uma integração urbana harmónica. 
construção | habitação unifamiliar |  lobão, smf | 2018 | estudo prévio 
arquitetura e fotografia : felisberto rodrigues  

são vicente pereira jusã

O terreno, afastado da frente urbana tem uma geometria singular próxima de um losango com um “braço” que se prolonga até á rua, assume um carácter de “interior de quarteirão”.
A casa - formada pela união de volumes - abraça uma pequena porção de terreno, criando um espaço exterior protegido e simultaneamente aberto, em torno do qual se dispõem e organizam os espaços principais. Um pala, de desenho curvo procura responder às diferentes necessidades de sombreamento.
A implantação da casa estabelece e modela um limite entre interior e exterior, protegendo-se da envolvente que a rodeia.
construção | habitação unifamiliar |  | São Vicente Pereira Jusã, Ovar | 2017 | execução 
arquitetura e fotografia : felisberto rodrigues  

armazém

Armazém é o nome pelo qual é designado um quarto de uma casa onde se pousa tudo e mais alguma coisa, com mais ou menos utilidade, mas sem sítio de arrumação.
A vontade de criar um escritório nesse espaço originou a mudança dessa circunstância.
São desenhados os moveis necessários para o escritório - uma estante/biblioteca, uma mesa de trabalho com armazenamento – sem esquecer também um móvel que permita que o armazém continue, mas agora de forma organizada.

renovação interior | escritório | 15m2 | Vila de Cucujães, Oliveira de Azeméis | 2016 
arquitetura e fotografia : felisberto rodrigues  

baúteca

Um baú centenário, envelhecido e abandonado, foi recuperado e reinventado.
Umas quantas camadas de tinta lixadas e as partes podres substituídas são o princípio da sua transformação. As cicatrizes do seu uso, assim como resquícios mais profundos das diferentes camadas tintas são assumidos com naturalidade. 
Uma nova orientação – agora vertical –, novas ferragens, e umas prateleiras em vidro conferem um novo caracter ao objeto.

De um baú – que guardava memórias – construiu-se uma discoteca e móvel multimédia.

mobiliário| móvel tv | 2015 
desenho, construção e fotografia: felisberto rodrigues  

nu

nu é um móvel de quarto de banho que se pretende leve para que não preencha o pequeno espaço que vai ocupar. 
uma estrutura em madeira inspirada nas geometrias simples e estáticas da obra de Piet Mondrian criam um móvel de planos puros e ortogonais.

o esqueleto desnudo, sem roupa, ganha alma com os uso e os seus objetos, sem perder a sua leveza e equilíbrio espacial.
mobiliário| móvel quarto de banho | 2015 
desenho, construção e fotografia: felisberto rodrigues  

porta horizontal clássica

porta horizontal clássica é a crónica de uma porta que se “deitou” e se transformou em mesa.

Da porta, conservou-se o seu desenho e recuperou-se a beleza natural da madeira. As imperfeições, o entalhe da fechadura e das dobradiças assumem-se como rugas do tempo, da sua história.
O vidro uniformiza superfície da mesa.

Contrastando com a delicadeza da madeira e assumindo o caracter industrial do ferro pintado, foi criada uma estrutura de suporte que se relaciona com a porta ao refletir o seu desenho.

ps.: estrutura em ferro ainda em falta.
mobiliário| mesa | 2015 
desenho, construção e fotografia: felisberto rodrigues  

maracujã

um terraço que era usado esporadicamente vai ganhar nova vida após reabilitação do piso contiguo e com a chegada da nova família. enquanto sala exterior, o terraço carece de privacidade perante a casa vizinha.

uma estrutura de diferentes planos com diferentes inclinações – inspirada nas construções populares – foi a solução encontrada para conferir privacidade ao terraço sem obstruir a vista da casa vizinha. Em simultâneo, esta construção cria um espaço de estar “coberto”. 
o uso de vegetação como material de construção dá ao terraço um uma atmosfera singular, de harmonia e conforto natural, onde é possível jantar, conversar ou simplesmente relaxar sobe o verde do maracujazeiro - a árvore escolhida para dar forma a esta ramada - e o roxo do seu fruto, o maracujá.

agora, é dar tempo da arquitetura crescer.
renovação exterior | terraço | 114m2 | Vila de Cucujães, Oliveira de Azeméis | 2015 
arquitetura e fotografia: felisberto rodrigues  

a cozinha que nos faz felizes

“A comida que nos faz verdadeiramente felizes é capaz de nos envolver num abraço apertado ou de nos fazer cócegas e pôr a rir. Pode falar das estações do ano, das memórias de infância, da comida da escola, dos passeios com os avós, do nosso primeiro takeaway, do nosso primeiro jantar a dois - tem que ver, afinal, com o que um determinado prato significa para nós.” 1

Na continuação da renovação daquela que será a “primeira casa” de um jovem casal, existiu também a necessidade de desenhar o mobiliário da cozinha. Convictos de que cozinhar é mais do que uma necessidade, e que a comida pode marcar momentos, pretendiam uma cozinha funcional mas acolhedora.
O carvalho, a ardosia e as particularidades do espaço foram os ingredientes desta cozinha. Da combinação destes ingredientes procurou-se com simplicidade o ponto certo de cozedura, e sem grandes temperos criaram-se uns móveis em carvalho com um balcão em ardosia e umas tampas para as pias, aumentando assim o espaço de balcão.
Ainda na cozinha, tem um grande quadro de giz - para escrever lista de compras, receitas, recados, etc. – ao mesmo tempo confere privacidade á entrada da casa.

1 OLIVER, Jamie – As Receitas Que Nos Fazem Felizes. 1ª ed. Porto: Porto Editora. 2014. p.8
mobiliário| cozinha | 2015 
arquitetura e fotografia: felisberto rodrigues  

um ponto de luz

Ainda enquanto estudante, a necessidade de ter um candeeiro levou-me a arregaçar as mangas e por mãos-á-obra, por gosto e vontade de saber mais. Umas quantas ripas de madeira, calhas técnicas, fios, serras e lixas – entre outros materiais e ferramentas – mais um punhado de desenhos e experiências, construíram este candeeiro de pé.
O desafio foi comprido com sucesso – penso eu –, pois como diz o ditado “a necessidade aguça o engenho” e a vontade de saber mais também.
objetos | candeeiro | 2009 
arquitetura, construção e fotografia: felisberto rodrigues  

pátio

A proposta contempla a criação de uma zona coberta, num espaço exterior, organizado em dois pátios separados pela vegetação e pelo desnível de cotas, e delimitado por um muro, pela Casa Grande e pela Casa de Hóspedes. A simbiose entre a vegetação e as construções de época criam um ambiente bucólico.

Começa por se uniformizar o material do piso dos pátios e muda-se o local da escada. A separação dos pátios é vincada por um conjunto de colunas de granito, remetendo para memória de um “claustro” inacabado, integrando-se no ambiente e conferindo mais nobreza ao pátio da Casa Grande. A cobertura, assume um desenho orgânico que recria a silhueta das copas das árvores, moldando-se às circunstâncias do programa e do sítio, definindo dois espaços de lazer entre as duas casas. Construída com uma estrutura em aço-corten e coberta com policarbonato branco translucido, a cobertura parece suspensa, apoiada apenas nos pontos de contacto com as construções existentes e nas colunas de granito.

A intervenção permite enriquecer os dois pátios, ligando-os aos espaços habitacionais em harmonia sem descaracterizar o ambiente e o conceito preexistente.
renovação exterior | pátio | 155m2 | Vila de Cucujães, Oliveira de Azeméis | 2013 
arquitetura e fotografia: felisberto rodrigues  

azul

o projeto

o andar superior de uma casa - até então com pouco uso – é agora renovado para ser a primeira casa de um jovem casal.
o projeto procura evidenciar a maior potencialidade existente - a luz - que inunda a casa durante o dia, valorizando-a ao descompartimentar o espaço, e conferindo á casa uma luz harmoniosa e uma maior fluidez e leveza informal.
a transformação é essencialmente conseguida pela construção de uma parede que separa os dois pisos e a demolição de duas paredes que libertam o espaço social. a existência de um terraço motivou a que uma janela desse lugar a uma porta, fazendo do terraço uma extensão do espaço social interior, redefinindo a sua relação com o exterior.
os pavimentos foram renovados. cozinha e casa de banho são revestidos em ardósia, e os restantes espaços com soalho. os tetos foram regularizados. as carpintarias são reaproveitadas e pintadas, uniformizando os diferentes tipos de madeiras, ao mesmo tempo que cria um cenário de transição entre os espaços
o mobiliário foi desenhado para as funções e particularidades da casa, reforçando a personalidade e singularidade do projeto, comprometido com as necessidades e desejos dos seus habitantes.

a obra

a obra deste projeto é particular pelo indispensável controlo financeiro.
as caixilharias mantiveram-se e as carpintarias interiores – portas e guarnições -reutilizaram-se. 
ainda que se tenha recorrido á necessária mão-de-obra especializada, também, o arquiteto, o dono de obra e amigos puseram mãos-á-obra, tornando todo este processo único e enriquecedor. esta particularidade originou uma maior paixão pelos espaços, objetos, pois foram construídos por amigos, e fizeram com que a casa ainda antes de ser habitada já tivesse memorias. 

renovação interior | habitação | 96m2 | Vila de Cucujães, Oliveira de Azeméis | 2013-2015 
arquitetura e fotografia : felisberto rodrigues  

Share by: